Túlio Rangel lança Je Suis Là, álbum com canções em francês
Cantor disponibiliza também seus primeiros trabalhos, Astronauta e Menestrel
O cantor e compositor Túlio Rangel apresenta uma proposta ousada em “Je Suis Là”, seu mais recente trabalho autoral: escrever e cantar em francês. Morando na França há alguns anos, ao lado de sua esposa Stéphanie, o músico mineiro produziu “Je Suis Là” praticamente sozinho: além de compor, cantar e tocar violão, ele produziu e gravou as 10 faixas que compõem o álbum e criou as fotografias para o encarte. A produção conta com a colaboração de Stéphanie Reina, que assina o design, e de Alessandro Tavares, que fez a mixagem e a masterização das faixas, em Belo Horizonte.
”Je Suis Là” é um trabalho de um compositor brasileiro em busca de outro mercado, mas que conserva o vínculo com Minas Gerais e o Brasil. Túlio Rangel se comunica com os franceses expondo um ponto de vista diverso - o de um músico estrangeiro - e com os brasileiros ao mandar notícias de lá. Como sugere o título, um poético trocadilho com as duas línguas: Là pode significar aqui e aí. “Estou na França, mas continuo no Brasil, com o coração e em pensamento, e sempre em contato com os amigos e pessoas da família” afirma o músico, sempre atento aos acontecimentos, de lá e daqui. “O título serve também como uma resposta: Eu não fui embora, estou aqui, ou seja, lá, e também aí”, resume.
O álbum se distingue pela variedade de temas, entrelaçados pela maneira singular com que Túlio Rangel interpreta suas letras e melodias e se faz acompanhar ao violão. Há drama, romance, humor e também alegria em suas canções, que, não raro, promovem uma elaborada combinação de gêneros: ”Tremblement de Terre” (terremoto), a primeira faixa de “Je Suis Là”, fala de reações individuais frente a uma iminente tragédia; “Maurice”, em tom de comédia romântica, aborda a relação atribulada de um casal com gostos divergentes; combinando drama com uma pitada de humor, “Histoire Compliquée” versa sobre as atribulações das pessoas envolvidas em um triângulo amoroso; e “Chanter”, a mais solar de todas, é uma ode ao cantar, ao prazer e à felicidade que ele proporciona; Já “Les Bizarres” (os esquisitos), cantada em primeira pessoa, trata dos indivíduos que vivem, pensam e desejam como qualquer um, mas não necessariamente da forma convencional. Transitando entre o lirismo, a ironia e a insurreição, o álbum traz ainda “Le Dieu”, “Oui”, “Mon Petit”, “La Cave” e “La Bête “.
Simultaneamente ao álbum, Túlio Rangel disponibilizará também um clipe com a música “Tremblement de Terre”, no qual ele evidencia sua afinidade com o cinema e a produção audiovisual contemporânea, combinando interpretação, elaboração e efeitos visuais. O clipe foi feito com a parceria da produtora Real Imagem (no roteiro, fotografia, 3D e finalização). Sediada em Palmas, Tocantins, a Real Imagem está presente em outros trabalhos do artista.
Túlio Rangel considera “Je Suis Là” seu trabalho mais maduro e completo, uma vez que teve controle total do processo de produção e conseguiu a melhor fusão entre letras e melodias, arranjos instrumentais e expressão vocal, mesmo escrevendo e cantando em francês. “Além da evolução natural como compositor e instrumentista, apurei meus conhecimentos técnicos para operar com desembaraço os equipamentos de gravação e, assim, produzir os fonogramas da maneira que queria”, assegura.
O compositor elege as letras como o ponto essencial de seu trabalho. “A arte é a potencialização da comunicação”, define. Por isso, a decisão de produzir um álbum em francês representa, ao mesmo tempo, a entrada em um novo mercado e um desafio ao seu potencial como artista. “Eu tinha antes uma visão apaixonada das coisas, da humanidade, hoje me ocupo mais na reflexão, na criação artística como veículo das ideias; mas ainda acho importante sonhar, sem, no entanto fantasiar sobre a humanidade”, finaliza.
Aproveitando a ocasião, Túlio disponibiliza nas plataformas musicais os dois primeiros álbuns que produziu: “Astronauta” (2011), que se distingue pela variedade temática e instrumental, e “Menestrel” (2016), no qual Túlio assume decididamente sua identidade de cancioneiro, de compositor-cantor, ressaltando o lirismo dessa categoria.
Os primeiros trabalhos em estúdio: “Astronauta” e “Menestrel”
O belo-horizontino Túlio Rangel é um artista de múltiplos talentos que foram se revelando ao longo de sua carreira. Primeiro, ele descobriu-se poeta. Depois, fez-se compositor, cantor e instrumentista, tocando violão e variadas percussões. Some-se a isso, duas particularidades distintas e fundamentais: sua passagem pelo canto lírico e suas habilidades como artista cênico e palhaço – ele é capaz de cantar, tocar gaita e violão montado em um monociclo.
Alguns desses atributos estão já em “Astronauta” (2011), álbum gravado com banda, e “Menestrel” (2016), álbum no qual ele assume o formato voz e violão - típico do moderno menestrel – que irá marcar seus trabalhos posteriores. “Eu estudei muito o canto, mas o violão colou em mim”, atesta.
Faixa de abertura do primeiro álbum, “Peixe Fresco” chegou a ser apresentada no Canadá, onde foi premiada em festival, na interpretação do artista Ozé. “Astronauta” traz ainda, entre suas 14 faixas, “Capim Seco”, “Clichê”, “A Mulher Paradoxo”, “O Homem Galáctico” (uma homenagem a seu pai) e “A do Piano”, que tem muito do gênero cubano chamado son. “Na introdução desta música, faço o piano inspirado no meu professor e maestro Pepe Calderón, que era cubano”, menciona. O álbum foi bem recebido pela mídia e na internet, como no site Palcomp3, onde totaliza mais de 170 mil plays.
De jovem poeta a cancioneiro – uma trajetória entre letras e música
Filho do escultor Roberto Rangel (autor do Cristo de Bom Despacho, das obras para o cenário de Aída, entre outros trabalhos), Túlio Rangel convive com arte e cultura desde a infância. “Aos cinco anos me encantei pelo canto, passando a ouvir música com mais interesse”, conta. Aos 11 anos descobriu a poesia, outro momento arrebatador e definitivo. Aos 16 anos, a condição de aspirante a artista se firmou ao perceber que a música poderia ser uma excelente aliada e o veículo certo para seus versos bem talhados e contundentes. A partir disso, ele intensificou o aprendizado do violão, desenredando os segredos do instrumento de todos os modos possíveis: através de professores improvisados, revistas com letras e cifras de música e muita prática.
Neste contexto, Túlio Rangel cita “Cowboy Fora-da Lei”, de Raul Seixas, como uma das músicas que primeiro chamaram sua atenção, pela junção da letra com a construção sonora e a expressividade vocal. O impetuoso roqueiro baiano está entre as principais referências do músico mineiro, que elege ainda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Rita Lee e Zeca Baleiro.
A formação musical de Túlio Rangel envolve ainda duas importantes passagens, a música erudita, através do canto lírico que estudou no Cefar (Centro de Formação Artística) do Palácio das Artes de Belo Horizonte, e de uma longa trajetória de shows e gravações, tocando instrumentos de percussão. “Acho que fiz mais apresentações como percussionista do que como cancioneiro”, contabiliza. No Cefar aprendeu os conceitos de timbre, registro, entre outros, que, ao longo do tempo, contribuíram para melhor conhecer e trabalhar sua voz. “Durante algum tempo, por ter uma voz com alcance mais grave, fui classificado como barítono, mas sou um tenor, o que saliento nos trabalhos mais recentes”, diz.
Atualmente Túlio trabalha na produção de seu quarto álbum, iniciado, na verdade, antes de “Je Suis Là”, dando continuidade ao seu destino de menestrel. “Entendi que vim ao mundo para cantar histórias. Posso fazer uma canção sobre qualquer tema que achar relevante, raro ou curioso”, conclui o músico.
Disponível em todas as plataformas de música no dia 23 de setembro de 2022.
Acesse os álbuns:
Je Suis Là: https://bfan.link/T%C3%BAlioRangel-Je-Suis-a-La
Astronauta: https://bfan.link/T%C3%BAlioRangel-Astronauta
Menestrel: https://bfan.link/T%C3%BAlioRangel-Menestrel
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=4Cfs09sIp28
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