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Rodada 38: Quanto maior a vaidade e a arrogância, no final a conta fica mais alta
12/12/2016 00:55 em Esporte

Por Vinícius Silveira

Alô amigos da Rádio Barreiro, um grande abraço! 

Nos próximos dias teremos assuntos aos montes para comentar aqui em nossa rádio. Para não perder o fio condutor de nossa coluna sobre a última rodada do Campeonato Brasileiro e a temporada 2016, vamos falar sobre um dos assuntos que mais chamaram a atenção dos torcedores pelo Brasil: o rebaixamento do Internacional para a Série B de 2017. 

O Internacional, juntamente com Cruzeiro e Flamengo fazia parte do seleto grupo de times que nunca participaram da Série B. Estas três equipes, aliadas a Santos e São Paulo, nunca haviam sido rebaixadas no Brasileirão. 

Lembro-me de uma frase que disse após o rebaixamento do Atlético-MG para a Série B, em 2005, onde falei que todas as grandes equipes do futebol brasileiro, em um prazo não muito distante, disputariam a segunda divisão com frequência. Este fato se confirmou com os rebaixamentos de Corinthians, Vasco da Gama, Botafogo e Palmeiras. 

Em todos os casos, um dos fatores que explicavam os fracassos na Série A do Brasileirão era: a vaidade e a arrogância das diretorias dos clubes, gerador de insistentes lutas pelo poder; a desagregação do fator extracampo, que culminava em elencos irregulares e ambientes de trabalho conturbado, influindo dentro de campo. 

Acredito que, no caso do Internacional, o perfil enquadrado acima se encaixa perfeitamente no causador do rebaixamento do alvirrubro gaúcho no Brasileirão 2016. 

Há muito tempo que este modelo de administração pregado pelo Internacional e sua diretoria formada por uma mesma linha de trabalho em que só mudavam os nomes dos presidentes e vices, vinha acumulando fracassos consecutivos e gerando uma espécie de ditadura na direção colorada. 

Para os torcedores, enquanto as vitórias e as taças ocuparem as salas de troféus, nenhuma margem para contestação será vista. Infelizmente, os mais apaixonados pelos clubes não enxergam o tamanho do problema e que isto causa uma separação quase invisível do clube perante a torcida.

Os autores deste assassinato lento e gradual são as diretorias formadas por ditadores que lutam apenas pelo poder. Nos tempos atuais, isto vem acontecendo na política brasileira em todas as suas esferas, e no futebol este fato também ocorre e não é de hoje, principalmente, em grandes clubes. 

Na década passada, o Atlético-MG sofreu demais com isso. Todo mundo queria ser dono do clube. Existia uma briga interna que causava divergências, a separação e o esquecimento de que a agremiação era mais importante. Em 2005, o Galo caiu para a segunda divisão, ressurgiu e voltou para a Série A no ano seguinte, cometendo os mesmos erros nas temporadas posteriores, mas sem ter um novo descenso para justificar a história. 

Nos últimos anos, o Cruzeiro também está sendo vítima desta luta pela centralização do poder, e isto vem refletindo dentro de campo, com decisões erradas, times irregulares, que geram dores de cabeça intermináveis ao torcedor. Os cruzeirenses não caíram para a Série B em 2015 e 2016, mas ficaram perto do descenso. 

Por isso, é necessário dizer que, TIME GRANDE CAI. Os torcedores podem brincar com os rivais, mas que fique ciente de nome, camisa e história não segura ninguém na Série A do Brasileirão. O Internacional é mais um a provar deste amargo veneno.

Além do rebaixamento, a arrogância e a vaidade demonstradas pela alta cúpula do Internacional explicam também a tentativa desesperada de resolver o rebaixamento do Campeonato Brasileiro na justiça, alegando irregularidade no contrato do zagueiro Victor Ramos, do Vitória, sem uso de provas cabais. Sem se esquecer da declaração do ex-presidente do clube, Fernando Carvalho, que comparou o momento do Inter no Brasileirão a tragédia envolvendo jogadores da Chapecoense que estavam no avião que se dirigia à Colômbia para a final da Copa Sul-Americana. Descontrole puro! 

Se organizar a casa, e tirar a sujeira escondida debaixo dos panos, o Inter voltará para a Série A como um time grande, como sempre foi e sempre será. 

 

Foto: Reprodução

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