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Casamento entre Formula 1 e pilotos brasileiros entra em crise próximo de comemorar Bodas de Ouro
05/09/2016 16:39 em Colunistas

Por: Vinícius Silveira

Casamento entre Formula 1 e pilotos brasileiros entra em crise próximo de comemorar Bodas de Ouro

 

A coluna de hoje sairá dos gramados e vai dar uma passada pelas pistas da Formula 1. Até hoje, algumas pessoas dizem que automobilismo não é esporte. Outros discordam, porque exige uma capacidade mental do condutor acima da média. Polêmicas e discussões a parte sobre o assunto, Formula 1 e Brasil é um casamento duradouro e não há quem opine de forma contrária sobre isso.

Acompanhando os noticiários durante esta semana, mais precisamente, pela internet, observei que após 46 anos, o Brasil pode ficar sem pelo menos um piloto disputando a Formula 1. Além de Felipe Massa, que anunciou aposentadoria aos 35 anos de idade, após 15 na cena automobilística da maior competição mundial, outro competidor, Felipe Nasr, da Sauber, está com futuro incerto quanto a participar da temporada 2017. Ou seja, a união Brasil e Formula 1 entrou em crise.

Após Ayrton Senna, que perdemos tragicamente em 1994, a Formula 1 ficou difícil de ser acompanhada. Rubens Barrichello, pintado como substituto de Senna, nunca teve o mesmo talento embora seja detentor de um conhecimento teórico brilhante. Acabou ficando a mercê do talento de Michael Schumacher, na Ferrari, e Jenson Button, na falecida Brawn GP. Felipe Massa tornou-se a esperança. Batemos na trave em uma disputa emocionante com o inglês Lewis Hamilton. Na última curva do GP do Brasil em 2008, Hamilton conseguiu a sexta posição, o suficiente para vencer o título daquele ano. Mesmo com Massa ganhando a corrida, ficamos com o vice. Uma pena!

Recentemente outros pilotos passaram pela Formula 1, até com sobrenomes famosos como Nelsinho Piquet e Bruno Senna, filho e sobrinho de Nelson Piquet e Ayrton Senna, respectivamente, mas eles não renderam. Lucas Di Grassi chegou e foi embora rapidamente. Felipe Nasr agradou em 2015, chegando a ficar em quinto lugar logo na estreia. O rapaz renovou para 2016, no entanto, não correspondeu.

Com tantos nomes e fracassos, perdemos o agrado de acordar pela manhã para assistir a Formula 1 e acompanhar nossos brasileiros na pista. No entanto, mesmo sabendo que os atuais pilotos não poderiam nos dar uma vitória ou a tão sonhada taça de campeão mundial, tínhamos a curiosidade de saber em qual posição terminamos ao final de cada corrida. Para mim, imaginar que não teremos o Brasil na maior competição do automobilismo mundial é um fato que desanima em relação aos 31 pilotos brasileiros que já correram na Formula 1, sem se esquecer dos oito títulos mundiais conquistados.

Muita coisa pode mudar. Sabemos que existe uma Formula 1 dentro das pistas e outra pouco revelada que é competida no interior dos paddocks das equipes. Quem sabe, pelo menos por mais um ou dois anos, Felipe Nasr permaneça na Sauber ou numa Williams ou na Renault.

Para o futuro, o nome mais próximo é do mineiro Sergio Sette Câmara. O jovem de 18 anos está na segunda temporada da Formula 3, o grande passo antes da Formula 1, mas já integra a equipe Red Bull Junior Team, que prepara novos talentos para o futuro. Ele é o melhor nome para o momento, mas é muito novo e demorar a aparecer.

Por ora, os amantes da Formula 1 terão que conviver com a incerteza do futuro do Brasil na maior competição do automobilismo mundial. Com a carência de ídolos caseiros, nomes como Nico Rosberg, Max Verstappen e o já consagrado Lewis Hamilton conquistam a juventude que ainda tem prazer acordar cedo para ver a Formula 1.

Foto: Divulgação

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