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Copa do Brasil: Atlético-MG e Grêmio abrem decisão inédita na Copa do Brasil
23/11/2016 00:45 em Esporte

Por Vinícius Silveira

Alô amigos da Rádio Barreiro, estamos a poucas horas da primeira partida da decisão da Copa do Brasil. Atlético-MG e Grêmio entrarão em campo às 21h45, no Estádio Mineirão. A outra partida será daqui sete dias, na Arena do Grêmio, também às 21h45. 

O Atlético-MG persegue o segundo título da Copa do Brasil. O primeiro foi em 2014, e de forma emocionante, do jeito que o atleticano gosta. O Grêmio sabe como é ser campeão deste torneio. Foi vencedor em 1989, 1994, 1997 e 2001. Caso ganhe, volta a ter a hegemonia da competição. Neste momento, o tricolor gaúcho empata com o Cruzeiro em número de conquistas. 

Sobre o jogo, algumas questões precisam ser colocadas. Além da vaga direta para a Copa Libertadores da América, o título da Copa do Brasil é importante em outros aspectos. 

Para o Atlético-MG, o título põe fim a uma polêmica criada entre torcedores, de que o Galo tem apenas um título nacional em cada competição. O alvinegro foi vice-campeão brasileiro em cinco oportunidades. Na Copa do Brasil, a história atleticana é bem mais econômica. Em 28 edições, conquistou um título e parou em duas semifinais. 

Sobre o time, o técnico Marcelo Oliveira poderá se confirmar como uma espécie de "Rei de Copas". Desde 2011, Marcelo esteve em quatro das cinco decisões da Copa do Brasil. Venceu apenas uma vez e busca o segundo caneco. 

Já o Grêmio tem mais motivos para buscar o título. Além de reafirmar a hegemonia do torneio, conforme citei acima, a conquista quebra um jejum de 15 anos sem conquistar uma competição importante. O último foi a Copa do Brasil de 2001. De lá para cá, foram apenas três títulos gaúchos, sendo o último em 2010, além do Brasileirão da Série B, em 2005.

Para Renato Portaluppi, entra em jogo a possibilidade de conquistar mais um título e se reafirmar na carreira de técnico. O primeiro foi a Copa do Brasil de 2007, quando comandava o Fluminense, e vivia seu melhor momento como treinador. Após sua passagem pelo tricolor carioca, Renato colecionou insucessos, e chegou a ficar dois anos sem trabalhar, até que acertou seu retorno ao Grêmio, em setembro deste ano

Time por Time

O Atlético-MG provou que tem um ataque poderoso. É o melhor do Brasileirão, com 60 gols, além de ter o artilheiro, Fred, com 14 tentos. Porém, a defesa atleticana causa pavor no torcedor. O Galo teve sua defensiva vazada 48 vezes no Campeonato Brasileiro, demonstrando um total desequilíbrio no setor. 

É necessário que o técnico Marcelo Oliveira pense melhor em fechar a defesa para não ter surpresas nesta decisão, visto que, ofensivamente, o Grêmio é um time muito técnico, com o cerebral Douglas, além de Luan, Pedro Rocha, e as chegadas dos laterais Edilson e Marcelo Oliveira. O ataque atleticano provou que comparece quando a equipe mais precisa. Desta feita, é importante que a marcação do Atlético seja bem cuidada. 

Renato Portaluppi cuida da defesa gremista com o maior zelo possível. O treinador gremista vai explorar ao máximo a fragilidade defensiva do Atlético. Portanto, o Galo pode aproveitar as brechas e explorar as laterais gaúchas, além de valorizar a posse de bola no setor ofensivo, contando com a movimentação incessante de Maicosuel, Robinho e Lucas Pratto, além de Cazares ou Clayton, que podem jogar na vaga de Luan, lesionado.

Teremos uma grande decisão. Difícil apostar em um vencedor quando se tem duas equipes qualificadas em campo. As duas formações têm suas fragilidades, é verdade, mas na hora de decidir, vale a entrega e a luta dos jogadores. É nisso que estou apostando para que tenhamos uma das finais mais emocionantes dos últimos anos no futebol brasileiro.

Outros assuntos (que também tem a ver com o futebol)

O Vasco corre risco de não subir para a Série A em 2017. A equipe vascaína vem cambaleando no returno, perdendo pontos importantes e abrindo brechas para os rivais. O time carioca precisa vencer o Ceará, no Maracanã, para confirmar o acesso. Caso não vença, terá que torcer contra o Náutico, de Givanildo Oliveira, que jogará diante do desesperado Oeste-SP. 

Com toda franqueza, se o Vasco não subir, será um vexame e uma perda para a primeira divisão do ano que vem. Em compensação, servirá para que as pessoas entendam o mal que não há espaço para o coronelismo de Eurico Miranda, presidente do clube. Hoje, o futebol é profissional. A era dos generais, dos coronéis e das sanguessugas da bola já passou. Quem ainda insiste neste modelo, está fadado ao fracasso. O Vasco é o exemplo mais recente e poderá servir como espelho do que não se deve fazer nos tempos atuais. 

O Internacional está na pior. O colorado gaúcho está agonizando e respirando por tubos e aparelhos no CTI do Brasileirão. A qualquer hora, já na próxima rodada, pode ser decretado o rebaixamento do time da Beira-Rio. 

O Inter precisa vencer as duas próximas partidas, contra Cruzeiro e Fluminense. A situação do Internacional é desesperadora. As contratações do técnico Celso Roth e, posteriormente, Lisca, é o retrato do descontrole emocional onde se deveria pensar no profissional. Uma pena que uma equipe de tantas glórias tenha que passar por isso. 

Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG 

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