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Rodada 26: Atlético e Cruzeiro empatam em jogo fraco no Mineirão
19/09/2016 01:49 em Jornalismo

Alô amigos da Rádio Barreiro

Neste domingo (18), Cruzeiro x Atlético entraram em campo no Mineirão para o maior clássico das Minas Gerais. Os dois times empataram em 1 a 1, com gols de Clayton, para o Galo, e Robinho, para a Raposa. O resultado foi ruim para ambas as equipes, que se complicaram na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. 

Quando comecei a acompanhar futebol, antes de trabalhar como jornalista - e lá se vão cinco anos - cresci ouvindo os profissionais que hoje são os meus companheiros de trabalho enaltecendo aquelas velhas frases como: "Clássico começa uma semana antes e termina uma semana depois" e "Clássico é um campeonato a parte". Só para dizer alguns que já ouvi.

O jogo do último domingo (18) não teve absolutamente nada a ver com estes velhos bordões. Não compactuou com a animação do torcedor, e sequer se aliou ao momento que os dois times vivem no atual Campeonato Brasileiro. Nunca vi um clássico tão indiferente. 

Tanto Cruzeiro quanto Atlético não protagonizaram nada que se pudesse comentar e aguçar a discussão entre os torcedores, como sempre foi feito. O clássico aparentava um confronto de dois times que estão no meio da tabela, sem qualquer motivação e com o campeonato resolvido. 

Faltou raça, entrega, gana, objetivo e interesse pelo jogo. O Cruzeiro não se omitiu, é bem verdade. Contudo, demonstrou os mesmos problemas que teve antes da chegada do técnico Mano Menezes, principalmente, a marcação frouxa em todos os setores da defesa. Por sua vez, o Atlético perdeu mais uma chance de sair vencedor em uma partida do Brasileirão. Com o placar a favor, deu campo para o adversário no segundo tempo, errou em demasia, e praticamente pediu para levar o gol de empate. 

*** 

Alguns fatos marcaram este clássico.

A escolha de Marcelo Oliveira por Clayton, deixando Lucas Pratto no banco de reservas. O treinador atleticano já demonstrou que gosta do futebol de Clayton, e a entrada do camisa 23 atleticano serviu o lado esquerdo do Cruzeiro, além de dar velocidade ao ataque. Já o momento de Pratto não é dos melhores, embora ele tenha sido novamente convocado pela Seleção Argentina. Acredito que ele ainda será importante nesta reta final de Campeonato Brasileiro. 

O técnico Mano Menezes precisa encontrar um encaixe para o setor de marcação celeste. Ariel Cabral e Henrique têm bons passes, boa visão de jogo, mas a pegada dos dois é fraca. Em 2015, um dos pontos principais que levaram a reação do Cruzeiro foi o acerto da defesa. Desta vez, a situação é diferente. Os laterais Lucas e Edimar são fracos na defesa e eles ficam desprotegidos em seus setores. Tá na hora da arrumar a casa, Mano. 

Por fim, quero dizer uma coisa que falo há muito tempo. Soube por amigos da imprensa que houve uma briga no estádio, pois haviam torcedores do Atlético que compraram ingressos no setor reservado para a torcida do Cruzeiro. Em qualquer confronto de rivais, qualquer faísca vira um incêndio. Para quem não sabe, não existe policiamento no interior do Mineirão, pois o estádio tem como administradora a Minas Arena. Logo, por ser privado, contratou serviço de segurança privada. A Polícia Militar só fica do lado de fora.

O dia em que estourar uma briga coletiva entre torcedores, a tal empresa de segurança não vai aguentar o tranco, e quando o policiamento entrar, vai ter sobrado para todo mundo. Vão aparecer pessoas machucadas, sobrando pancada para inocentes e brigões. A imprensa que fica no meio do fogo cruzado, vai entrar na roda, pois está “protegida” por insuficientes placas de acrílico. Enfim, uma hora a casa vai cair. Por isso, Minas Arena e Governo de Minas, se entendam sobre a segurança do Mineirão, antes que seja tarde demais.

Foto: Bruno Cantini/Atlético

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