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Começou as Olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro
04/08/2016 15:43 em Colunistas

Por: Vinícius Silveira

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro estão tomando conta dos noticiários do Brasil e do mundo. Quando deveria ser apenas na faixa esportiva, o evento foi noticiado nas páginas gerais e policiais. A abertura acontecerá apenas amanhã, mas o futebol já iniciou suas atividades.

O futebol, maior esporte brasileiro e reconhecido mundialmente por fornecer jogadores a todos os times do mundo – mas que coletivamente não é o melhor há anos – busca a primeira medalha de ouro na Olimpíada. Em diversas edições, o Brasil passou bem perto, conquistando a prata e bronze, mas o ouro nunca chegou para nós.

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O futebol feminino tem boas possibilidades de fazer uma excelente campanha e o ouro é um fator real. No entanto, os Estados Unidos, da goleira Hope Solo pode colocar água no Chopp brasileiro. De minha parte, não vejo outras seleções capazes de deter os selecionados canarinho e norte-americano.

Em 2004, o futebol feminino teve sua melhor oportunidade. Dominou as norte-americanas. Jogou demais, teve um pênalti não marcado, mas pecou nas finalizações. Os Estados Unidos venceram na prorrogação por 2 a 1. Desta forma, confio na medalha de ouro para o Brasil, até porque, jogadoras como Marta, Formiga e Cristiane estão mais experientes e este momento poderá ser proveitoso para as brasileiras.

O outro lado de uma conquista dourada no futebol feminino poderia representar uma nova mentalidade na categoria, onde os clubes e a CBF podem ter mais carinho com as futuras gerações, organizando e prestigiando os campeonatos. Se quando conquistamos a Prata em 2004 e 2008, as meninas do Brasil tiveram mais espaço, imagine se a medalha de ouro for conquistada? A evolução poderá acontecer.

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O futebol masculino é um caso a parte. O atual momento da Seleção Brasileira masculina não é dos melhores, mas a chegada de Tite renovou a esperança dos brasileiros. O técnico olímpico Rogério Micale convocou o que o Brasil tem de melhor na faixa de idade dos 23 anos, além das presenças de Neymar e Renato Augusto.

Em outras edições dos jogos olímpicos, tivemos selecionados ainda melhores, como em 1988 e 1996, e que futuramente tornaram-se gerações vencedoras, colecionando títulos como Copa América, Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Quem não se lembra de quando perdemos a semifinal para Nigéria, em 1996? Ganhávamos de 3 a 1, cedemos o empate e levamos um gol na prorrogação, a época, gol de ouro. Nos últimos anos, a qualidade técnica das Seleções Sub-23 montadas pelo Brasil caiu bastante, e na mesma proporção que o nível técnico do futebol brasileiro também despencou. O que pode contradizer esta minha afirmação é o fato da camisa amarela ter conquistado Bronze, em 2008, e Prata, em 2012, mas a atual geração continua passando em branco.

 

Analisando a Seleção Brasileira Sub-23, e observando o torneio de futebol, acredito que temos grandes chances de conquistar a medalha de ouro. Mais do que isso, trazer este título que tanto foi merecido em outras oportunidades, mas que escapou de nossas mãos pode abrir os olhos e a mentalidade dos clubes de que a solução para o futebol brasileiro voltar a ser o melhor do mundo é o trabalho nas categorias de base, buscando formar jogadores de futebol e não fontes de renda para o futuro.

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